22 de fevereiro de 2007

NEM TUDO É O QUE PARECE...

BELEZA NATURAL?

antes de tudo, peço desculpas pelo post fútil. Mas acho que mais fútil é o padrão de beleza de "mulheres perfeitas".

Acho que todo mundo ficou pasmo ao ver a verdadeira Cleópatra estampada numa moeda...
Isso me faz pensar: O que é belo? Dizem que a imagem dela ficou associada à beleza devido ao seu grande carisma... Opa! Será que achamos a essência da "Beleza interior"?

E essa é a Cleópatra dos nossos sonhos:


Christina Ricci versão "Família Adamms"


Charlize Teron versão "Monster"


Cameron Diaz versão "Quero ser John Malcovich"




EM TEMPO: A BELEZA ESTÁ NOS OLHOS DE QUEM VÊ.

A FOLHA ANDA LENDO MEUS PENSAMENTOS...

NO DIA 12 DE FEVEREIRO ESCREVI UM POST SOBRE OS MUSICAIS DA BROADWAY QUE ESTÃO EM CARTAZ NO BRASIL E O USO DE LEIS DE INCENTIVO PARA BANCAR TAIS ESPETÁCULOS.
HOJE, DIA 21 DE FEVEREIRO, A CAPA DA ILUSTRADA TEM A SEGUINTE MATÉRIA:
(COM ALGUNS CORTES, INDO DIRETO AO QUE INTERESSA)

"My Fair Lady" estréia mês que vem; SP terá mais duas peças

GUSTAVO FIORATTI, da Folha de S.Paulo

A estréia de "My Fair Lady" no próximo dia 8, no teatro Alfa, é uma evidência de que os musicais de orçamentos milionários conquistam público em São Paulo. Com custos iniciais calculados em R$ 4 milhões, essa é a terceira opção no roteiro da capital para quem quer assistir a um espetáculo americano sem ter de viajar aos EUA.As outras duas montagens em cartaz são "O Fantasma da Ópera", no teatro Abril, e "Sweet Charity", no Citibank Hall. Ainda vêm por aí, via CIE-Brasil, "Miss Saigon", com estréia prevista para junho, e "Peter Pan", cuja temporada deve começar em julho no Credicard Hall. "Miss Saigon" vai custar R$ 12 milhões --cifra que bate os investimentos feitos em "O Fantasma da Ópera", que chegaram a R$ 10 milhões. Para quem torce o nariz diante da possibilidade de ver os musicais se multiplicarem por aqui, vale ouvir Cláudio Botelho, experiente diretor do gênero que, além de assinar a tradução de "My Fair Lady" e de "O Fantasma da Ópera", co-dirigiu "Sweet Charity".

"Essa é uma postura muito atrasada. Os musicais são apenas um gênero em um cenário que agrega vários outros tipos de teatro."

Há, porém, quem levante dúvidas sobre os valores destinados a essas produções, em parte provenientes de renúncia fiscal do governo, por meio da Lei Rouanet.

"Acho ingênuo considerar que uma produção peca só porque foi cara. Mas é necessário que os investidores e o governo tenham consciência do valor que eles estão destinando ao entretenimento e ao experimento artístico", diz o diretor Felipe Hirsch, da Sutil Cia. de Teatro. Dos R$ 12 milhões que devem ser investidos até o final da temporada de "My Fair Lady", segundo a produção, 50% serão capitalizados pela Lei Rouanet.

SÓ ESPERO DE CORAÇÃO QUE ESSE PETER PAN NÃO FERRE A MINHA PEÇA INFANTIL QUE TEM ESTRÉIA MARCADA PARA A MESMA ÉPOCA!!

NÃO NASCI PARA SER ROBERTO JUSTUS...

Nunca pensei que dirigir uma peça poderia ser tão complicado. Ainda nem começou direito e eu já sinto o peso da responsabilidade! Decidir tudo, estar a par de tudo, definir prazos, metas e resultados, para mim e para os outros. Definir coisas que só cabem a nós, diretoras. Mandar. Resolver. Tomar a responsabilidade para si. Aprender que isso aqui não é uma democracia e sim uma ditadura(!!!) Ainda bem que tenho uma companheira nessa empreitada.
Só o que eu posso dizer é que não tenho vocação para Roberto Justus. Me sinto no programa "O Aprendiz", em que ele, sem dó nem piedade, solta um sonoro "Você está demitido". No momento o que posso sentir é peso na consciencia e tristeza. E tentar aprender a definir, e não somente esperar que definam o que preciso fazer.

12 de fevereiro de 2007

PRECONCEITOS DO MEIO TEATRAL

No meio teatral, o preconceito contra produções "a la Broadway" é enorme. Em duas semanas ouvi relatos de amigos que foram assistir aos espetáculos "Sweet Charity" (peça com Cláudia Raia encabeçando o elenco) e "O Fantasma da Ópera". Todos amaram. Se emocionaram, se arrepiaram, disseram que era uma das melhores coisas que já tinham visto na vida. Eu não duvido que realmente seja bom, mas acabo não indo conferir.
Motivo número 1: o preço dos ingressos (geralmente em torno de 100,00)
Motivo número 2: essas grandes produções, que custam milhões de reais e contam sempre com pessoas de grande visibilidade no elenco, usufruem da lei Rouanet, (lei de incentivo que estimula a parceria de empresários, com o abatimento do Imposto de Renda de pessoas jurídicas de até 4%) Tradução: Ao invés de pagar ao governo, a empresa patrocina espetáculos com esse valor permitido.
Até aí, tudo bem. A questão é que somente espetáculos com grandes nomes, grande visibilidade e grande produção (o caso de O Fantasma da Ópera, trazido ao Brasil pela CIE, empresa de entretenimento) é que podem contar com empresas interessadas em ligar seu nome ao projeto. Sem a necessidade do uso da lei Rouanet. E enquanto os grandes investidores puderem ter o nome da sua empresa estampado num grande sucesso, qual seria o interesse em patrocinar um grupo desconhecido com uma peça igualmente desconhecida? Ou seja, quem realmente precisa fica sem.
É o caso do "Cirque du Soleil", com um espetáculo INTERNACIONAL que usufruiu de uma lei de incentivo NACIONAL. Ou seja, a Visa e o Bradesco deixaram de pagar impostos ao governo Brasileiro para patrocinar o evento. Será que com ingressos em torno de 300,00 isso seria necessário? E como descobriram uma brecha na lei que permite que grupos internacionais usem a nossa lei de incentivo????
Daí a birra do povo do meio teatral. Essas peças acabam sendo uma máquina de fazer dinheiro. E olha que não estou duvidando de sua qualidade. Pelo contrário: Sempre contam com um grande elenco que canta, dança, interpreta, cenários e figurinos maravilhosos com histórias igualmente maravilhosas.
No meio, essas peças são chamadas "Comerciais". Ou seja, entretenimento fácil e caro, de grande apelo.
Veja bem, estou aqui colocando a visão do meio teatral e a minha também, como artista pensante.
Agora vamos aos fatos: como atriz, adoraria fazer parte de um musical, gênero que me agrada muito. Adoraria trabalhar numa grande produção, cantar, dançar, atuar, com salário, casa cheia todo dia, visibilidade...
Ou seja: Não cuspa pra cima que pode cair na cara.

CORRE SENÃO A VIDA PASSA!!!

Estou na sede da vida... As coisas começam a acontecer, e nessa fase, vejo amigos se dando bem, crescendo. Eu paro para pensar que agora é a hora!! É a hora de crescer, aos poucos chegar em algum lugar. Não adianta querer a fortuna se não começarmos com a moedinha... O que eu quero dizer com isso? Que agora é a hora de ser estágiário, assistente, ganhar mal, fazer fama, buscar valores, ganhar credibilidade, ser taxado como iniciante, receber ordens. Nada em vão! Quero depois ser a experiente, a competente, a digna de um belo salário, a importante, a vital. Por baixo é que se consegue olhar pra cima e enxergar um céu de oportunidades.
Dá vontade de pular etapas, de ser fodona, mas... como? Impossível chegar a lugar algum sem ser engatinhando. Quero poder ficar de pé, depois andar, e daí correr como uma maratonista.

7 de fevereiro de 2007

...OU SERÁ QUE JÁ ESTOU NO JARDIM?

Em resposta ao meu post abaixo, um amigo me escreveu dizendo que na verdade a situação que estou passando é igual a de muitos jovens da minha idade. Agora com a cabeça fria eu posso concordar com ele. Nós, os jovens recém-formados, precisamos passar por isso para crescermos na profissão. A diferença é que alguns acham caminhos, alguns se perdem, alguns lutam e outros apenas esperam. Posso me perder, mas nunca vou apenas esperar...
Companheiros: A LUTA CONTINUA!!! (hahaha)

6 de fevereiro de 2007

NEM TUDO SÃO FLORES...

Quando a falta de dinheiro pesa no bolso, na consciência e na sua dignidade, parece que nada vai dar certo e toda a esperança e vontade de viver de arte vão por água abaixo.
Como é difícil trabalhar e não conseguir ver o resultado! Estou me sentindo o cocô do cavalo do bandido.
Eu sei que vai passar e logo mais estarei colhendo os "louros da vitória", mas num momento como esses dá até vontade de trabalhar num escritório com carteira assinada e direitos trabalhistas...
Daí eu paro para pensar no meu futuro: Preciso começar já uma previdência privada, pois nessa vida que escolhi raramente ou nunca terei carteira assinada. E penso também num futuro próximo: Esse ano está repleto de oportunidades, mas e no ano que vem? Como lidar com a instabilidade financeira? As contas não pararão de chegar, mas o dinheiro talvez sim.
No momento o que me dói é ter crescido (ou seja, ter me tornado uma pessoa formada, capacitada, digna de um emprego e algo que me sustente), mas não conseguir mostrar o meu crescimento. Tradução: nada fácil ter 25 anos e ser sustentada pela mamãe. É o preço que paguei por ter optado em começar de baixo na carreira que quero seguir. Graças a Deus eu pude fazer essa escolha. Mas eu confesso que as vezes me dá vontade de voltar a trabalhar com carimbo na carteira.
Eu sei, vai passar. Tudo vai dar certo, pq eu lutei por isso. Nessa hora é preciso ter paciência, respirar fundo e lembrar do meu amor pela arte. Mas infelizmente hoje, só hoje, não estou conseguindo.

1 de fevereiro de 2007

O QUE AS PESSOAS QUEREM VER?

O que vocês querem ver? O que inquieta vocês? Qual fato, situação, história, polêmica, riso, drama, panorama te fazem querer sair de casa para assistir uma peça?
Quando um grupo ou uma pessoa resolve escolher um texto, é porque acha que aquilo pode ser revelante. Mas será que o que é relevante para nós é para o público?
Um texto precisa ser mobilizador, seja um drama, comédia ou tragédia. E é por isso que alguns autores são tidos como gênios: Não perdem a contemporaneidade (é assim que se fala essa palavra?)
A pergunta acima é de verdade. O que interessa? Me interessa saber.

QUEM SABE FAZ A HORA...

É engraçado pensar o quanto eu já tive preguiça das coisas. Preguiça e medo. Sempre deixei para depois. Por muito tempo eu não acreditava que era capaz de fazer uma peça digna da aceitação das pessoas, principalmente das pessoas queridas. Durante uma faculdade e um curso técnico (todos largados faltando pouco!) eu não me sentia a vontade. Acho que era falta de prática e de confiança. Depois que eu entrei na escola que me formei, algo aconteceu. Eu comecei a me sentir preparada, desde o primeiro ano. E também a alegria era tanta de poder mostar o resultado de um estudo semestral para as pessoas queridas, que não hesitei em começar a convidá-los.
E eu sempre tive um medo durante a minha formação. Eu tinha medo de ter medo de sair de lá. De não ter um caminho depois de formada.
Mas... o destino coloca pessoas especiais na sua vida, e com sorte, ainda te coloca nas ocasiões certas com essas pessoas especiais.
O fato é que só precisava de um empurrão para começar a trilhar caminhos antes de me formar, para já ter para onde ir depois. E essa pessoa especial me deu o empurrão necessário. Acabamos tendo os mesmos planos hoje em dia.
E hoje em dia, muito feliz, me vejo desesperada e com insônia com medo de não ter horários pra fazer tudo esse ano.
E é muito bom "colher o que se plantou". Frase batida que não teria substituição no momento.
Por enquanto eu sei que vou dirigir uma peça, e que tenho uma turma de aluninhos de 5 e 6 anos... lindos!
É muito bom pensar que, querendo muito, eu consigo viver do teatro. Acho que porque resolvi aceitar todas as possibilidades dele.